Filho suspeito de matar a mãe é exonerado pelo governo de Minas

Matteos França Campos foi preso nessa sexta-feira (25), quando confessou o crime à polícia

26/07/2025 14h00

Foto: Reprodução / Redes Sociais e Alex de Jesus

Matteos França Campos, de 32 anos, foi exonerado pelo Governo de Minas após ser preso, suspeito de matar a própria mãe, a professora Soraya Tatiana. A exoneração foi publicada neste sábado (26) no Diário Oficial Eletrônico de Minas Gerais (DOE-MG).

Formado em Relações Públicas pela PUC Minas, Matteos ocupava, desde 2021, o cargo de assessor na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social. Ele não era servidor efetivo, mas ocupava um cargo comissionado, conforme consta em seu perfil profissional.

A Polícia Civil informou, em coletiva de imprensa, que o crime ocorreu entre 17h e 19h30 de sexta-feira (18). O corpo da professora, que atuava no Colégio Santa Marcelina, em Belo Horizonte, foi encontrado sob um viaduto da cidade de Vespasiano, na região Metropolitana da capital.

Após cinco dias de investigação, a polícia - que ainda aguarda o resultado de laudos periciais - determinou a prisão temporária de Matteos, que tem validade de 30 dias e pode ser prorrogada por mais 30.

Matteos foi preso na casa do pai. Segundo a Polícia Civil, a prisão ocorreu sem resistência. "Foi uma prisão tranquila, em nenhum momento ele reagiu. A família parecia desorientada, talvez por não acreditar na situação. Até então, ele era visto como um cidadão comum. Ele não resistiu, acompanhou os policiais, aguardou o cumprimento do mandado de busca e confessou o crime", relatou a corporação. Ainda de acordo com a polícia, Matteos afirmou ter agido sozinho.

Motivação do crime

Segundo Ana Paula Rodrigues de Oliveira, do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime teria sido motivado por uma discussão acalorada ocorrida na sexta-feira, dia 18, relacionada a problemas financeiros. "Ele estava endividado e dizia estar mentalmente abalado por causa disso", explicou.

"Ele participava de jogos de apostas na internet. São questões que levaram a um colapso financeiro. Ele alega que teve um surto no momento", acrescentou. Matteos disse, ainda, que as discussões eram frequentes por conta disso. Nenhum vizinho escutou a briga.

A polícia ainda apura as afirmações de Matteos, que também teria empréstimos consignados e muitas dívidas. "Isso tudo vai ser confirmado com os bancos", diz.

Soraya teria sido morta por enforcamento. "Ele informa que, quando as discussões avançaram ali, eles se levantaram e um foi em direção ao outro, quando ele acabou realizando o enforcamento", explicou.

Defesa

Responsável pela defesa do suspeito, o advogado Gabriel Arruda disse apenas que conversou brevemente com Matteos e ainda não teve acesso ao inquérito. "Quando tivermos todas as informações, vamos nos manifestar oficialmente", afirmou.