Presidente da Usiminas faz balanço anual positivo e fala de investimentos futuros

De acordo com Chara, projetos que envolvem mais de R$ 1,5 bilhão em melhorias tecnológicas e ambientais como a reforma da Coqueria 2 e a instalação de uma nova planta de injeção de carvão pulverizado no Alto-Forno 3 da Usina de Ipatinga, foram fundamentais para descrever o ano como positivo.

20/12/2024 16h30

Por Obanizia Ferraz

Na tarde desta quinta-feira (19), o presidente da Usiminas Marcelo Chara, em um encontro com a imprensa realizado na Casa da Diretoria Usiminas em Ipatinga, apresentou um balanço balanço das ações realizadas no ano de 2024 e os principais investimentos a serem realizados pela empresa em 2025.

De acordo com Chara, projetos que envolvem mais de R$ 1,5 bilhão em melhorias tecnológicas e ambientais como a reforma da Coqueria 2 e a instalação de uma nova planta de injeção de carvão pulverizado no Alto-Forno 3 da Usina de Ipatinga, foram fundamentais para descrever o ano como positivo.

Durante o ano, a empresa investiu mais de R$ 8,7 milhões em projetos culturais, esportivos e sociais, beneficiando cerca de 361 mil pessoas. Com o programa "Usiminas de Portas Abertas", a empresa recebeu 560 visitantes na Usina de Ipatinga, fortalecendo a integração com a sociedade local.

Em se tratando de economia, segundo o balanço realizado, a Usiminas manteve um papel importante na geração de empregos e na arrecadação de tributos na região. Entre os meses de janeiro a novembro, foram movimentados R$ 1,4 bilhão em compras de materiais e serviços de empresas locais, além de R$ 53 milhões em ISS.

O presidente relatou que os benefícios dos investimentos já são sentidos pela companhia, que está em rump-up de produção e reduziu em 12% o custo por produto vendido por tonelada (CPV/t) na unidade de siderurgia e segundo ele, houve redução no uso de combustíveis e de gás natural, além de aumento da utilização de carga metálica e da produtividade do trabalho.

"Estamos avançando firmemente com iniciativas que integram desempenho ambiental e energético. A partir de janeiro, teremos 30 megawatts de energia solar em autoprodução, o que contribui diretamente para nossas metas de sustentabilidade", destacou o presidente ao afirmar que a Usiminas está alinhada com metas globais de sustentabilidade, como a redução de 15% nas emissões de CO2 até 2030.

Projetos em andamento e para o futuro

Para os próximos anos, Chara destacou cinco projetos que estão em andamento ou serão iniciados em 2025, sendo quatro deles na siderurgia e um na mineração. São eles:

  1. reforma da Coqueria 2;
  2. nova planta de PCI (Sistema de Injeção de Carvão Pulverizado) do alto-forno 3;
  3. instalação de um parque solar fotovoltaico;
  4. construção de um novo gasômetro;
  5. descaracterização da barragem Samambaia.

A reforma da Coqueria 2 da usina de Ipatinga teve início em 2024 e será finalizada em 2026, aumentando a vida útil do equipamento e o volume de produção de coque próprio. O investimento na modernização deve girar em aproximadamente R$ 950 milhões.

A nova planta de PCI do alto-forno 3 deverá entrar em operação até o final de 2025, com um aporte de cerca de R$ 600 milhões. A unidade será importante para a Usiminas diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e os custos operacionais, injetando mais carvão pulverizado no alto-forno e reduzindo o volume de coque injetado no equipamento.

O parque solar fotovoltaico, fruto de uma parceria da Usiminas com a Canadian Solar, vai começar a operar em janeiro do ano que vem, de acordo com Rodrigues. Com o empreendimento em construção em Jaíba, no Norte do Estado, com investimento de R$ 1,35 bilhão, a empresa terá 30 megawatts médios (MWm) de autoprodução de energia.

Já sobre construção de um novo gasômetro, de acordo com o presidente, o equipamento também ajudará a empresa a aumentar a geração de energia e reduzir custos, além de elevar a segurança operacional.

Sobre a descaracterização da barragem de Samambaia, localizada em Itatiaiuçu, na região Central do Estado, as obras estão 88% concluídas e devem ser concluídas em 2025. Com o aporte é de R$ 200 milhões, o presidente destaca que essa é a última estrutura de rejeitos da companhia a ser descaracterizada.