Justiça determina retirada de vídeo em que Nikolas relaciona livro de Fuad à pedofilia

Deputado Federal também disse que Festival Internacional de Quadrinhos expôs crianças a conteúdos impróprios

25/10/2024 20h00

Nikolas Ferreira postou um vídeo nas redes sociais associando o livro 'Cobiça', escrito por Fuad Noman, ao estupro de uma criança

A justiça determinou nesta sexta-feira (25) a remoção de um vídeo das redes sociais do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) que relaciona um livro escrito pelo prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição Fuad Noman (PSD) à um ato de estupro contra uma criança. O conteúdo, postado no X e no Instagram do deputado, também fala sobre o 12º Festival Internacional de Quadrinhos de BH, realizado em maio de 2024 e que contou com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte.

Na decisão, o juiz da 331ª Zona Eleitoral, Adriano Zocche, afirma que o vídeo impugnado tem a nítida intenção de se obter votos para Bruno Engler (PL), candidato à PBH apoiado por Nikolas. "A parte requerida divulgou informações descontextualizadas e inverídicas, com o claro intuito de prejudicar a imagem do candidato à reeleição, induzindo os eleitores a acreditarem que ele possui algum desvio sexual ou de comportamento", diz parte da sentença.

No vídeo, Nikolas Ferreira chama o livro "Cobiça", de autoria de Fuad, de 'pornográfico'. Primeiro, ele diz que a obra é de autoria de Engler, mas depois corrige a informação, dizendo que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro têm uma rejeição maior em determinadas polêmicas.

"O livro 'Cobiça' é obra literária ficcional e o trecho a que se faz referência no vídeo impugnado foi extraído de um contexto que não implica endosso ou incentivo à violência sexual", diz a decisão do juiz.

Nikolas diz que FIQ expôs crianças a conteúdo impróprio

Fonte: No mesmo vídeo, Nikolas Ferreira afirma que a 12ª do Festival Internacional de Quadrinhos, sediado em Belo Horizonte em maio deste ano, expôs crianças a conteúdos inadequados. Segundo o deputado, os vale-livros recebidos por alunos da rede municipal de ensino de BH permitia que os jovens comprassem qualquer tipo de livro no local.

A decisão, no entanto, diz que as excursões dos alunos foram realizadas com acompanhamento pedagógico, e que o manual do expositor exigia classificação etária. O texto ainda diz que o "material impróprio para menores de idade" deveria ficar "inacessível aos mesmos".

Nikolas tem 24 horas para retirar a publicação do ar, sob pena de R$ 5 mil por hora de descumprimento.

Fonte: Itatiaia