Suposta compra de votos pode anular eleições em Nova Olinda do Maranhão e Ourilândia no Pará
22/10/2024 10h30
Após vencer as eleições no município de Nova Olinda do Maranhão, o prefeito eleito Ary Menezes (PP) é acusado de compra de votos, após sua equipe buscar os benefícios oferecidos durante a campanha.
A eleição foi vencida por Menezes com apenas dois votos de diferença. o que causou muita estranhesa.
Mediante os resultados, a equipe de Menezes foi a casa de Danilo Santos retirar o material de construção oferecido ao eleitor.
Anteriormente, o eleitor tinha vendido seu voto por 20 sacos de cimento, 1500 telhas e a madeira de sua casa. Como o material não foi entregue 100% como combinado, Santos não votou em Menezes.
"Ary Menezes, com Ronildo, Cleo Barros, foram na minha casa, entendeu? Pra gente fechar um compromisso", revelou, citando Ronildo da Farmácia (MDB), o vice de Ary Menezes, e Clecia Barros (Republicanos), aliada de Ary. Ele revelou que o trio perguntou o que ele queria em troca do votos. "Falei que era 1.500 telhas, 20 sacos de cimento e a madeira da minha casa. Eles falaram para mim que se fosse só isso, já estava tudo comprado. Que no outro dia era para eu ir buscar lá no galpão", contou.
Danilo disse que não recebeu tudo o que foi prometido. E, por isso, mudou de ideia. "Como não me deram o material todo, ficaram me ameaçando."
Segundo Danilo, dois dias depois das eleições, o caminhão da prefeitura foi retirar o material do endereço dele.
Outra eleitora, a pescadora Luciane Souza Costa, também foi ameaçada. Ela decidiu não votar em Ary e nem na vereadora indicada por ele depois que o marido dela recebeu dinheiro pela compra do voto. Imagens gravadas por Luciane mostram um homem, que tem o número do candidato a prefeito na camisa, a ameaçando.
"Como eu não peguei o dinheiro, foi o meu marido que pegou, e eu postei nos mes status, dando apoio para minha vereadora, me ameaçaram de morte. Eu, meu marido e minhas filhas. Que se a gente votasse neles, eles iam matar a gente".
Outro caso de compra de voto foi em Ourilândia, no Pará. Para comprovar que os eleitores votaram no candidato, tinham que usar um "óculos espião" que filmava o voto do eleitor em Irmão Edivaldo (MDB).
Desconfiada, a mesária suspeitou de diversos eleitores entrando na cabine de votação com o mesmo óculos.
Uma das eleitoras confirmou que recebeu R$ 200,00 de uma pessoa para votar em Edivaldo. Mas relatou ao Fantástico, que só receberia o dinheiro após comprovar por meio das filmagens o seu voto no candidato do MDB.
Neste caso, Edivaldo foi preso em flagrante, mas foi solto logo em seguida após pagar fiança.