Caso Mariana: Firma de advocacia internacional abre escritório de representação em Valadares

Foto: @Antônio Cruz (Agência Brasil)

O desastre da barraem de Fundão aconteceu em novembro de 2015

Após uma série de sucessos em litígios em cortes internacionais e a decisão histórica que garante que a gigante de mineração BHP enfrentará seu dia de acerto de contas nos tribunais ingleses pelo desastre da barragem de Fundão, em Mariana, o escritório de advocacia global PGMBM passa a se chamar Pogust Goodhead.

 Além da mudança de nome, o escritório também expandirá seus serviços no Brasil, abrindo uma nova sede no Rio de Janeiro e um centro de processos jurídicos em Governador Valadares, o que deverá criar mais de 300 empregos na região. O escritório prevê também a contratação de 20 novos advogados brasileiros nas próximas semanas, após uma série de recrutamentos de executivos no Reino Unido recentemente, como Alicia Alinia, para o cargo de Chief Operating Officer, e Jash Radia, como Chief Financial Officer, ambos com décadas de experiência em liderança estratégica.

O Pogust Goodhead planeja manter-se na liderança dos litígios ambientais no Brasil e em todo o mundo por meio de suas bases já estabelecidas no Reino Unido, Holanda e Estados Unidos. Juntamente com a expansão no Brasil, a empresa ampliará sua prática global de litígios de valores mobiliários, com um novo escritório em San Diego, na Califórnia (EUA), dirigido pelo experiente advogado Takeo Kellar.

Conquistas jurídicas históricas

O novo nome e a expansão da empresa chegam após uma série de conquistas jurídicas históricas. Além do caso de Mariana, para o qual a jurisdição inglesa foi aceita, o escritório estabeleceu acordos extrajudiciais contra o grupo alemão Volkswagen (no caso chamado "Dieselgate" em 20220, representando 15 mil reclamantes, e contra a British Airways por violação de dados, em nome de 16 mil vítimas da companhia aérea britânica em 2021. Outro importante desenvolvimento, anunciado recentemente, é a parceria e o acordo de financiamento de 100 milhões de euros com a North Wall Capital, considerado o maior investimento em um escritório de advocacia do Reino Unido até o momento.

Casos brasileiros são força motriz

O sócio global, Tom Goodhead, comentou as recentes vitórias de seu escritório: "Nos últimos doze meses, concluímos com sucesso litígios coletivos citados acima e, no mês passado, conseguimos uma vitória extraordinária contra a maior mineradora do mundo, a BHP. Hoje estamos passando para o próximo capítulo. À medida que a empresa continua a crescer, é vital que façamos mudanças para garantir uma infraestrutura forte, confiável e sustentável para facilitar nossas ambições de transformar os litígios coletivos globalmente. Nossos casos brasileiros sempre foram a força motriz do negócio e, com um novo escritório no Rio, esperamos fortalecer o grande progresso que fizemos nos casos contra réus como BHP. Mais importante, queremos garantir que nossos clientes tenham uma experiência ainda melhor e, por fim, garantir que representamos seu desejo de justiça, lutando pelos seus direitos em todos os nossos litígios", concluiu.

Nenhum escritório faz o que fazemos

Harris Pogust, também sócio global do escritório, acrescentou: "Estamos muito satisfeitos pelos sucessos dos últimos anos para dar o próximo e crucial passo para nossa empresa. Estou orgulhoso de ter meu nome ao lado do de Tom Goodhead. À medida que continuamos a crescer, o reconhecimento da marca torna-se um item ainda mais importante em nossa evolução. Com a mudança de nome, acreditamos que a marca Pogust Goodhead será uma das mais reconhecidas no panorama jurídico. Não há outro escritório de advocacia que faça o tipo de trabalho inovador e de ponta desenvolvido pelo Pogust Goodhead, e essas mudanças garantirão que levaremos os casos para um novo patamar de excelência. Estamos orgulhosos das pessoas talentosas que temos na empresa e do trabalho incrível que elas realizam todos os dias, lutando pela justiça para nossos clientes. Estamos apenas começando."

Tom Goodhead e Harris Pogust sócios do escritório de advocacia global Pogust Goodhead, que representa mais de 200 mil brasileiros no caso de Mariana na Inglaterra